Existem relações entre as práticas psicanalíticas e as práticas coach? Sim, principalmente quando o assunto é alcançar metas e objetivos. Esse post vai falar mais sobre esse assunto, e tratar das semelhanças dos processos e também sobre as diferenças entre as duas técnicas analíticas mais presentes em nosso mundo.
Na Psicanálise, buscamos sempre entender o universo do outro olhando para trás, ou seja, olhando para o passado do analisado, principalmente para acontecimentos e/ou eventos traumáticos ocorridos na infância. Isso se faz buscando pontos que se perderam no inconsciente e que podem ser resgatados para o consciente do indivíduo, assim é possível curar bloqueios que atrapalham o andamento saudável da sua vida.
As técnicas de Coaching podem e vão complementar isso, assim como as técnicas de Psicanálise complementam as de coaching. Esse post vai tratar mais sobre esse assunto, mostrando a importância da relação entre essas duas práticas e como o profissional pode usar esses dois tipos de conhecimento para se tornar cada vez mais completo e ajudar de maneira mais eficiente os seus pacientes.
Quando se analisa a estrutura do aparelho psíquico humano descobrimos que temos que levar em conta o que está em nosso subconsciente, no pré-consciente e no consciente, assim como os modelos estruturais propostos por Freud.
O psicanalista não pode passar suas crenças pessoais para o analisado, ai é que entram as vantagens da prática Coach, podendo colaborar com a clareza para separar as crenças e o mapa mental de cada pessoa, inclusive do analista ao avaliar as situações de seus pacientes.
Quando são aplicadas técnicas coaching no processo psicanalítico, o oposto é evidenciado. O analisado é induzido a olhar apenas para frente, tendo que mudar de foco para atingir algumas metas futuras. Ao curarmos os nosso traumas e bloqueios emocionais reprimidos em nosso subconsciente, ao fazer as pazes consigo mesmo, com o próprio passado, a pessoa estará apta a atingir as metas de sua vida.
As vezes o Coach não consegue acompanhar o processo em um mesmo espaço de tempo. A psicanálise requer um período de maturação para que as descobertas sejam organizadas e isoladas, assim ajustando os acontecimentos psíquicos.
O trabalho acaba sendo muito mais lento e precisa de um tempo para decorrer e colher resultados, uma vez que não se trata de uma simples coleta de dados, mas sim de um processo complexo e profundo, cheio de conexões e informações que o paciente só vai revelando com o passar do tempo. O Coach não consegue intervir em buscas retroativas na vida, mas o Psicanalista pode intervir nessa busca e favorecer ferramentas para o sucesso do trabalho de um Coach.
Buscar causas e o modo como elas se combinam para produzir os seus efeitos é um ponto importante na Psicanálise. Saber interpretar os atos e produções psíquicas para reconstruir os processos que as geraram, é conseguir dar voz aos pensamentos e memórias ocultas, essas que quando trazidas ao nível consciente, podem ser trabalhadas afim de minimizar ou neutralizar os sintomas apresentados pelo paciente.
É com a Associação Livre que o indivíduo vai trazer para as sessões conteúdos sem restrição e/ou julgamento. É neste momento que o Psicanalista relaciona a fala do paciente aos conteúdos submersos no seu inconsciente.
O Coaching Psicanalítico pode elevar o desempenho humano, com o cruzamento dos ideais das duas especializações, ampliar o rendimento pessoal e profissional de qualquer indivíduo.
O Coach vai atuar como um assessor pessoal e profissional, utilizando processos que foram validados cientificamente, que focam no alcance de determinados resultados, sejam eles de forma individual ou para equipes.
Os resultados geram insights sobre a nossa forma de pensar, sentir, atuar e evoluir. Assim, o coaching baseado em evidências é mais do que uma realidade, sendo que os resultados que podem ser alcançados ajudam a eliminar hábitos improdutivos e a conquistar o controle da vida, pelo indivíduo.
O principal fator que originou o Coaching Psicanalítico é a forte ligação da vida pessoal com a profissional, as estratégias aplicadas pelo Coach abrangem o aprofundamento do inconsciente do indivíduo (coachee). Essas técnicas foram desenvolvidas com base na Psicologia Cognitiva, Comportamental, Ciências Organizacionais e da Neurociência, além de uma série de pensamentos oriundos da Filosofia e da Administração.
Com base psicanalítica, o coaching pode ser utilizado como uma excelente ferramenta focado em nossa sociedade atual, onde atua de forma mais inventiva, inovadora e que questiona melhor os atuantes do mercado.
É um serviço que busca desenvolver o lado criativo do coachee. Para atingir esse objetivo, ele busca tornar consciente no indivíduo os seus limites e forma de agir.
Assim, o profissional de coaching Psicanalítico deve propor um espaço para resolução dos conflitos internos. Nele, o coaching vai poder contribuir com a convivência, por parte do indivíduo, entre paradoxos e diferenças. É aqui que vai entrar a Psicanálise e o discurso Freudiano sobre o sujeito, sua insistência por uma divisão da subjetividade e o discurso sobre as diferenças.
A Psicanálise aborda de forma reconstrutiva, gerando insights para interpretação, seu principal objetivo é quebrar as barreiras do subconsciente, alcançando assim as origens dos conflitos da mente do indivíduo. Já o coaching, mesmo não tendo essa aplicação diretamente em seu método, não implica em enriquecer com eles. Sua fusão é o que podemos classificar como coaching psicanalítico, um forte contribuidor para que o indivíduo alcance o seu autoconhecimento.
Esse post nos faz pensar e nos leva a conclusão que nos dias atuais o profissional que consegue mergulhar num universo mais amplo de entendimento da complexidade do ser humano conseguirá obter melhores resultados e ganhará destaque no mercado em que estiver inserido.
Um profissional de coaching atua com muito mais qualidade e agrega valor ao seu currículo quando é formado em Psicanálise. Além disso, poderá atender como psicanalista, para os casos em que o profissional identificar que essa abordagem é a mais adequada.
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